terça-feira, 22 de setembro de 2009

Luta do BE Esposende recebe apoio de Louçã




Francisco Louçã esteve, na manhã do dia 22 de Setembro, em Esposende para se inteirar in loco do problema que a falta da construção da Barra coloca aos pescadores e a todas as restantes embarcações. A falta de navegabilidade da foz do Cávado é um problema antigo, mas de resolução simples. Louçã assumiu com os Esposendenses o compromisso de encontrar uma solução urgente, na senda, aliás, do que já vem sendo feito ao nível parlamentar onde o Bloco já apresentou um projecto de resolução deste imbróglio.

A convite do BE de Esposende, Louçã, esteve pela terceira vez no nosso concelho, no decurso desta campanha eleitoral, agora para assumir mais este compromisso que faz parte do programa da nossa candidatura.

Entrevista ao Jornal de Esposende


1-Como surgiu esta hipótese do Bloco de Esquerda (BE), apresentar candidatura à autarquia de Esposende?

A ideia já é antiga, mas ganhou mais consistência com o convite que me foi endereçado pelo partido para encabeçar a candidatura à Câmara, assim como pela vontade demonstrada pelos vários militantes do Bloco, amigos e simpatizantes. Inicialmente pensámos arrancar com um projecto mais alargado no tempo, sem compromissos eleitorais imediatos. Contudo, nas diversas reuniões de trabalho que tivemos apercebemo-nos da premência da apresentação de uma candidatura de esquerda credível e consistente para Esposende. Os vastos simpatizantes com as políticas do Bloco existentes no concelho, em desagrado com as opções tomadas pelo município, permitiram-nos concluir que estavam reunidas todas as condições para avançar, de imediato, com uma candidatura.

2-A candidata Sónia Mendes, o que conhece da realidade esposendense?

Enquanto habitante de há alguns anos desta cidade conheço bem o dia-a-dia das gentes e a rotina instalada. Ao longo do tempo fui-me apercebendo das dificuldades e dos problemas latentes. No entanto, quando cheguei a Esposende o que mais me surpreendeu foram as potencialidades ímpares existentes no concelho. Esposende é um concelho pequeno, mas com uma longa costa atlântica. É o único município do distrito de Braga com ligação ao mar. Está servido por algumas importantes vias de comunicação, no eixo Porto-Vigo, mas continua completamente desaproveitado, isto apesar de, em cada recanto, ficarmos maravilhados com as ofertas da natureza. Esposende é um diamante em bruto. Contudo, é um concelho que está de braços cruzados. Não por culpa da falta de iniciativa das suas gentes, mas devido a um poder político comodamente instalado, seguro e confiante na perpetuação do poder. Acima de tudo, subserviente e comprometido com os interesses económicos instituídos.

Conhecemos as dificuldades que os pescadores enfrentam há já longos anos, ainda por resolver. A título de exemplo, temos a construção da barra, projecto que continua arrumado na gaveta. Deparamo-nos a cada passo com as dificuldades de uma população que, todos os dias, enfrenta o aumento do desemprego e as dificuldades em arranjar um novo posto de trabalho. Os problemas enfrentados pela juventude em encontrar o primeiro emprego, apesar de terem apostado na sua qualificação e educação, também não serão esquecidos.
Constatamos ainda a existência de muito trabalho precário e a falta de alternativas, a deficiente aposta na formação profissional, no implemento de políticas eficazes de combate ao desemprego. O apoio aos idosos é inexistente. Verificamos a organização de algumas excursões ou festas-convívio em quintas apropriadas para o efeito, eficaz na conquista de votos, mas longe das necessidades reais dos cidadãos. Temos de começar a pensar Esposende de uma outra forma, de modo a rentabilizar e explorar todas as suas potencialidades. Esposende tem que deixar de ser visto como filão para alguns e passar a ser uma oportunidade para todos.

3-Dentro do programa do BE, o que destaca como objectivos prioritários do Bloco de Esquerda para o concelho de Esposende?

Acima de tudo, há hábitos instalados que têm de ser quebrados. É hora de pensar numa alternativa. Mas não numa alternativa qualquer. Tem de ser virada para a população, ouvindo-a, percebendo-a, estudando as suas necessidades prementes, bem como os seus anseios.
Por exemplo, na questão do urbanismo, há situações que não queremos que aconteçam novamente, caso dos licenciamentos de obras como as que existem nas Marinhas, com a construção de casas em cima das dunas ou a edificação de prédios que depois as mais altas instâncias judiciais mandam demolir. Decisões destas, obviamente, que não foram tomadas a pensar nos esposendenses... certamente sobrepuseram-se outro tipo de interesses. Por isso, não se pode defender a política do betão, em que o que prevalece é a construção desenfreada sem que, para isso, exista um estudo de construções, tendo em conta o impacto ambiental, protecção da orla costeira, aliado à qualidade de vida da população.
A história local está ligada ao mar, bem como à agricultura e indústria, sendo essas as nossas prioridades. Queremos criar condições para que quem é pescador possa continuar a sê-lo, mas também permitir ao agricultor continuar a ter condições para desenvolver a sua subsistência. É preciso criar condições para que possamos viver num concelho de turismo, desporto e lazer. Por exemplo, no desporto, vemos todos os fins-de-semana os esposendenses, mas também pessoas de outros concelhos, a jogar à bola em pseudo-jardins, a correr na estrada, a andar de bicicleta, a fazer desportos náuticos, sem que, contudo, tenham efectivas condições para a realização das suas actividades. Essas pessoas vêm para Esposende porque, precisamente, este concelho é uma pérola. Mas aqui só encontram condições naturais, nada mais. O que é que a cidade lhes oferece em troca?
Nós queremos aproveitar toda a foz do Cávado não apenas até às piscinas, mas em toda a sua extensão concelhia, para desenvolver estruturas de apoio à prática desportiva e ao lazer.
Os arautos da desgraça dizem sempre que Esposende tem um problema irresolúvel que é o vento. Efectivamente terá se continuarmos a olhar para a cidade numa perspectiva estática, se não criarmos alternativas e se, sobretudo, não tirarmos partido das suas condições naturais. A extensão da zona ribeirinha criará condições ímpares e reais alternativas. Favorecerá o turismo desportivo. Permitirá a organização de eventos internacionais.
Por outro lado, é necessária uma outra política cultural que, certamente, não se pode cingir à organização de feiras ou eventos musicais, em locais inapropriados e improvisados, que têm mais de propaganda eleitoral do que promoção da cidade ou do concelho.

4-O que será um bom resultado para o BE, nas próximas eleições autárquicas no concelho de Esposende?

Um bom resultado para o BE será, sem sombra de dúvida, saber que conquistámos a confiança dos esposendenses, por isso cada voto é uma vitória. Não sonhamos com números, nem estabelecemos metas. Queremos marcar presença nestas eleições autárquicas e saber que temos o apoio da população. Para nós, o mais importante é credibilizar a política no concelho, merecer o voto dos esposendenses. O melhor resultado é sentir que tudo fizemos para chegar perto da realidade local.

5-Para quando está prevista uma sede concelhia do BE em Esposende?

Esse é um assunto ainda em estudo. Não é uma prioridade. O BE em Esposende ainda é muito recente, a nossa preocupação actual são as eleições autárquicas e também as legislativas. É claro que um espaço físico, onde os militantes e simpatizantes se possam encontrar, é importante, pelo que existe a intenção de ter uma sede concelhia brevemente. Só não podemos garantir para quando, mas provavelmente logo a seguir a este ciclo eleitoral.

6-Esta candidatura nas “autárquicas”surge após o bom resultado do BE alcançado no concelho durante as “eleições europeias”?


Todos os resultados eleitorais, bons ou maus, são sempre importantes. O resultado conquistado pelo Bloco nas “eleições europeias” foi um bom indicador e também motivador para o partido e para todos os elementos que me acompanham nesta candidatura, mas não nos criou ilusões. Sabemos que são realidades diferentes. Mostrou-nos, essencialmente, que a população sente a necessidade de mudança.

7-O Bloco de Esquerda aposta nas candidaturas para a autarquia e assembleia municipal, mas fica de fora nas candidaturas às juntas de freguesia, com explica esta realidade?

O Bloco de Esquerda lança agora as suas primeiras raízes em Esposende. Tudo tem de ser feito de forma calma, ponderada e sustentada. O Bloco não é um “bluff”, por isso para já avançamos com a candidatura à Câmara e Assembleia Municipal. Certamente que, no futuro, iremos equacionar muito mais alternativas, mas para já queremos conquistar um voto de confiança da população de Esposende.

8-Como encara a campanha eleitoral num concelho que tem sido liderado há vários anos pelo PSD?

Trata-se de uma luta difícil. São os interesses instituídos, são os hábitos criados, mas são essas dificuldades que nos motivam. Certamente que as dificuldades e a luta que esta campanha nos vai exigir, conseguirão tornar o sabor da conquista dos votos dos esposendenses muito mais saborosa. Cada voto alcançado nas eleições que se aproximam será uma vitória para esta candidatura, pois é sinal que merecemos a confiança do eleitor e que as pessoas querem mudar o poder instalado.
A nossa campanha não passa por concertos, por convívios em quintas ou por excursões, para distrair as atenções das pessoas dos verdadeiros problemas de Esposende. Mas os votos não se compram, as pessoas não andam distraídas e fartam-se deste tipo de folclore.
Nós queremos, acima de tudo, estar próximos da população, saber ouvir as dificuldades, falar aos esposendenses, ver o que este concelho precisa, o que exige muito empenho. É preciso mudança, novas propostas e ideias renovadas para conseguir ultrapassar os problemas existentes.

9-Natural da Covilhã, mas a residir em Esposende, este é o maior desafio da sua vida, ao ser candidata a um município?

Sem dúvida que se trata de um grande desafio. Considero esta causa muito nobre, por isso aceitei ser candidata pelo Bloco. Esposende foi o sítio que eu escolhi para residir e também para trabalhar, pois há já longos anos que esta cidade me seduziu e cativou. Porém, rapidamente me apercebi de muitas necessidades e falhas que precisavam de intervenção urgente. No entanto, o tempo foi passando e tudo continua na mesma. Não gosto da apatia e da rotina, principalmente quando está em causa o bem-estar dos outros. Poder fazer algo por Esposende é, sem dúvida, um desafio muito ambicioso. Sem promessas, com a humildade que me caracteriza, vou dedicar muito do meu tempo a esta causa, com todo o empenho que julgo merecer. Sou natural da Covilhã, mas talvez por isso, habituada às dificuldades do interior, revolto-me quando vejo o nosso concelho, com condições ímpares, completamente estagnado e desaproveitado. Escolhi Esposende como local ideal para desenvolver a minha vida pessoal e profissional, mas não me resigno a este estado de coisas. Estou preparada para as dificuldades, passei a minha infância e adolescência nas Beiras, onde nem sempre é fácil viver, devido à falta de investimento e até às próprias condições climatéricas. Posso enfrentar o clima mais ameno do Litoral, com estes ventos que se esperam de mudança no concelho. Lanço um desafio a todos os esposendenses: vamos “Juntar forças por Esposende”! Podem acreditar numa esquerda de confiança, disposta a defender os interesses da população e não entregue a interesses individuais ou económicos. Com o Bloco, Esposende não será só de alguns, mas sim de todos!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Nosso Programa

1. DEMOCRACIA PARTICIPATIVA

- Implementação do Orçamento Participativo e das políticas da Agenda 21 local.
- Criação da figura de Provedor do Munícipe como figura imparcial, sobretudo no encaminhamento e resolução de problemas dos cidadãos.
- Constituição de um Observatório do Desempenho da Avaliação Autárquica, composto por cidadãos de diferentes estratos económico-sociais.

2. IGUALDADE DE OPORTUNIDADES

A candidatura do Bloco nestas eleições autárquicas revela uma forte aposta na participação das mulheres, de forma a garantir uma igualdade de oportunidades, defendendo sempre uma cultura de paridade.

3. EMPREGO / DESEMPREGO

- Criação de um Gabinete Autárquico de Combate à Crise que de forma rápida e eficaz atenda aos problemas económico-sociais decorrentes do desemprego, da pobreza e da exclusão social.
- Estimular e desenvolver projectos de emprego social.

3.1 Agricultura e Pescas

- Incentivar a prática de agricultura biológica, das hortas familiares e a manufacturação de produtos da região.
- Desenvolver parcerias com a Cooperativa Agrícola de Esposende.
- Construção urgente da barra do Rio Cávado, de forma a criar condições de segurança para os pescadores.
- Criação de apoios e incentivos que permitam à população jovem apostar na pesca como modo de vida.
- Divulgação dos recursos piscícolas, através da realização de feiras e certames que apostem na publicitação das espécies locais.

3.2 Ambiente e qualidade de vida

- Criação de Planos de Ordenamento da Orla Costeira que defendam a preservação das dunas, praias, espécies vegetais e animais, bem como de toda a paisagem costeira natural.
- Criação de um Corredor Verde com ciclovia e percurso pedestre a construir nas margens do Rio Cávado que faça ligação Barcelos/Esposende.
- Urgente despoluição do Rio Cávado e revitalização das suas margens.
- Promoção de acções de sensibilização para o equilíbrio ambiental como forma de preservação das praias, recurso natural fundamental para a sustentação do concelho.

3.3 Turismo

Aposta forte no turismo como modelo de desenvolvimento económico, de forma a criar alternativas de emprego e a potencializar os recursos naturais de Esposende.

4. EDUCAÇÃO/DESPORTO

- Remodelação das escolas mais carentes em termos de infra-estruturas, de forma a ampliar a capacidade de resposta às exigências de cada caso.
- Criação de uma rede de apoio psicológico e social que consiga abranger as dificuldades da população escolar local.
- Criação de infraestruturas físicas e a formação técnica adequada para o ensino especial.

O concelho de Esposende possui as características ideiais para a prática de todo o tipo de desportos naúticos, potenciando os atractivos naturais, por isso é preciso apostar neste tipo de actividades. Defendemos:
- Apoio financeiro aos clubes de forma a dotá-los de meios que possiblitem uma aposta forte na formação desportiva em diferentes áreas e modalidades.
- Optimização da utilidade pública dos recintos desportivos existentes.
- Criação de infraestruturas de apoio à prática desportiva, com especial incidência nas áreas dos desportos náuticos e fluviais.
- Promoção e organização de eventos desportivos nacionais e internacionais, que coloquem o concelho no mapa do turismo desportivo.

5. URBANISMO E PLANEAMENTO

- Aposta num efectivo ordenamento e planeamento do território que evite aberrações arquitectónicas e construções em locais que deveriam ser preservados por questões ambientais.
- Redefinição da área de construção de forma a preservar toda a orla costeira.
- Extensão da zona ribeirinha, criando efectivos espaços de lazer, zonas desportivas e infra-estruturas que permitam potenciar exponencialmente o turismo.

6. SAÚDE

- Remodelação dos espaços hospitalares existentes, bem como Centros de Saúde e respectivas extensões, dotando-os de todos os meios e capacidades de resposta.
- Necessidade de estudo e criação de rede de apoio relativamente à toxicodependência no concelho.
- Criação de “equipas de rua”, apostando principalmente no voluntariado, que sensibilizem os toxicodependentes para o tratamento.
- Estudo do alcoolismo no concelho e criação de unidades de apoio que apostem na sensibilização, prevenção e tratamento.
- Criação de unidades de cuidados continuados de saúde, principalmente para idosos e doentes acamados.

Está na Hora!!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Apresentação de Candidatura

BE na Imprensa

“Esposende não pode ser um filão para alguns mas uma oportunidade para todos”
O Bloco de Esquerda apresentou, no domingo, a primeira aposta do partido à Câmara Municipal de Esposende para as eleições autárquicas de 11 de Outubro. Sónia Mendes, jurista, 31 anos, encabeça a lista ao município, por sua vez Antero Santos, técnico de tinturaria, 43 anos, é o candidato à Assembleia Municipal.
Na apresentação das linhas que norteiam a candidatura, Sónia Mendes vincou que o projecto pretende ser “uma alternativa válida ao actual elenco governativo local”, que “não tem sabido aproveitar as imensas potencialidades do concelho”. Para a candidata “Esposende não pode ser um filão para alguns mas uma oportunidade para todos”.
Antero Santos, candidato à Assembleia Municipal, frisou também que “Esposende precisa de uma alternativa”, comprometendo-se ser uma “voz incómoda” para o poder. Denunciou a ausência de uma rede pública de ensino pré-escolar, assim como a falta de cuidados médicos públicos durante o fim-de-semana.
Pedro Soares, cabeça de lista do Bloco de Esquerda às Eleições Legislativas pelo Círculo de Braga, apadrinhou a estreia do partido em Esposende, considerando que a candidatura assume uma “importância especial” pela necessidade de defender a única faixa litoral do distrito. Elogiou a juventude e a coragem dos candidatos, “novos protagonistas” que demonstram “a crescente implantação territorial do Bloco de Esquerda” a nível distrital e nacional.
No final da sessão, os candidatos seguiram pelo centro da cidade e marginal para apresentar as propostas à população, na primeira acção de pré-campanha eleitoral.

BE apresenta candidatos em Esposende

“Esposende não pode ser um filão para alguns, mas tem de ser uma oportunidade para todos”. A afirmação é de Sónia Mendes, candidata do Bloco de Esquerda à Câmara de Esposende, durante a apresentação da lista, que decorreu no passado domingo.
BEA candidata enalteceu a “coragem de muitas pessoas que aceitaram integrar as listas, apesar das pressões” e enumerou algumas propostas que o Bloco irá apresentar ao eleitorado como a “defesa dos pescadores que esperam pela construção de uma barra para trabalharem em segurança” ou a preservação da orla costeira, cada vez mais ameaçada pelos “atentados ao urbanismo”.
Sónia Mendes não esqueceu o flagelo do desemprego que tem fragilizado a população de Esposende e defendeu a aposta numa formação qualificada para reintegrar as pessoas no mercado de trabalho.
Já Antero Santos, cabeça de lista à Assembleia Municipal, referiu-se à ausência de uma rede pública de ensino pré-escolar, denunciou a falta de cuidados médicos públicos durante o fim-de-semana e prometeu ser uma voz incómoda.
Pedro Soares, cabeça de Lista do Bloco às Eleições Legislativas, pelo Círculo de Braga não poupou elogios às qualidades das listas encabeçadas por Sónia Mendes e Antero Santos e realçou que esta estreia no combate autárquico em Esposende “é a prova da crescente implantação territorial do Bloco de Esquerda”.
Feitas as apresentações, os candidatos partiram para um passeio pelo centro de Esposende e pela marginal, visitaram a Feira de Velharias e apresentaram as suas propostas à população.